O que é depressão?
Depressão ou transtorno depressivo maior é uma doença comum e séria que afeta negativamente como a pessoa se sente, pensa ou age, comprometendo seriamente as relações afetivas, profissionais e o estado geral de saúde do indivíduo.
Doença silenciosa, ela ainda é incompreendida inclusive por quem sofre com o problema. É comum pessoas que estão passando por momentos difíceis, tais como (desemprego, fim de relacionamento ou morte de um ente querido) sentirem tristeza e aborrecimento, e se descreverem como “deprimidas”, mas tristeza e depressão são coisas diferentes. Enquanto o sentimento de tristeza diminui ao longo do tempo, o transtorno depressivo pode continuar por meses e até anos.
A depressão atinge homens e mulheres, aparece em qualquer momento da vida, infância, adolescência, período pós-parto, menopausa, velhice, mas normalmente, o primeiro episódio acontece entre 24 e 44 anos. Pode acontecer apenas uma vez na vida, ou em episódios repetidos, e em um menor número de pessoas os sintomas estão presentes de forma contínua.
A pessoa deprimida afasta-se do convívio social, tem dificuldades para expressar o que está sentindo e frequentemente não tem iniciativa de buscar ajuda médica, sendo necessária a intervenção de familiares para que isso aconteça.
Quais os sintomas de depressão?
A pessoa é diagnosticada com depressão quando tem sentimentos persistentes de tristeza e/ou perda de interesse ou prazer em atividades costumeiras, por no mínimo, 2 semanas consecutivas, somados a quatro ou mais dos seguintes sintomas:
Perda ou ganho de peso sem estar fazendo dieta, ou aumento ou redução do apetite;
Insônia ou excesso de sono;
Fadiga ou perda de energia;
Inquietação ou lentidão psicomotora;
Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva;
Dificuldade de pensar/concentrar, indecisão;
Pensamentos de morte/suicídio ou tentativas de suicídio.
O que causa a depressão?
A depressão tem várias causas. Entre as principais podemos citar:
Fatores bioquímicos: Deficiência em 2 substâncias químicas no cérebro, serotonina e norepinefrina, as quais são responsáveis por certos sintomas como irritabilidade, fadiga e ansiedade.
Fatores genéticos: é uma doença com influência genética (é comum história familiar de depressão).
Fatores ambientais: Exposição contínua à violência, pobreza, abuso, negligência, podem desencadear a doença.
Características da personalidade: Pessoas com baixa autoestima ou pessimistas, são facilmente afetadas pelo estresse sendo mais vulneráveis à depressão.
É necessário tratar a depressão?
Como qualquer doença, a depressão precisa ser reconhecida e tratada o quanto antes.
É comum que o portador de depressão atribua os sintomas a fatores externos (crise no trabalho, perda pessoal, estresse, etc.) e demore muito para solicitar ajuda médica.
A avaliação feita pelo médico permite o diagnóstico correto, propiciando a indicação do melhor tratamento para cada paciente. O não reconhecimento e o não tratamento da depressão, além de causar grande sofrimento para a pessoa, aumentam o risco de problemas pessoais, ocupacionais, familiares e financeiros. Do ponto de vista médico a consequência mais dramática é o risco de suicídio, o qual é drasticamente reduzido com o tratamento.
Como é feito o diagnóstico de depressão?
O diagnóstico de depressão é clínico e deve ser feito por um médico.
Os sintomas devem causar sofrimento ou prejuízo em áreas importantes da vida. É necessário descartar a possibilidade de a depressão ser causada por outras condições (ex.: problemas neurológicos ou hormonais) ou doenças (ex.: câncer, ataque cardíaco) e não serem efeitos colaterais de abuso de medicações ou de substâncias.
Como é o tratamento da depressão?
O tratamento começa com o entendimento sobre:
O que é a doença?
Como ela se manifesta?
Quais são os sinais de agravamento e de melhora?
Quais são as causas?
Como será o tratamento?
Etapa está que chamamos de psicoeducação. Pois, uma pessoa que entende o que tem fica mais segura para tomar decisões referente ao tratamento e prosseguir com ele.
O tratamento pode ser dividido em dois tipos de abordagens, que podem ser utilizadas isoladamente ou combinadas:
Abordagens farmacológicas;
Abordagens não farmacológicas.
As abordagens farmacológicas incluem diferentes antidepressivos, que são escolhidos pelo médico com base no perfil do paciente e no efeito esperado de cada medicação.
É indicado ao paciente manter sempre um registro das medicações já utilizadas (as datas e as doses), pois auxilia muito o médico na tomada de decisão.
Após a resposta ser atingida, a medicação deve ser mantida por um período mínimo (de seis meses a um ano), mas que pode ter a duração prolongada pelo médico dependendo do quadro clínico.
Nesse período, é comum que algumas pessoas não manifestem mais sintomas de depressão, e assim, abandonem o tratamento por acharem que estão curadas.
O paciente jamais deve suspender a medicação por conta própria. A suspensão deve sempre ser feita gradualmente e com acompanhamento médico.
As abordagens não farmacológicas incluem psicoterapias e exercícios físicos.
Muitas pessoas resistem à ideia de “fazer terapia”, mas o fato é que a psicoterapia pode ser tão necessária e eficaz quanto os medicamentos.
Como cuidar da autoestima?
Seja honesto com você mesmo. Todos temos defeitos e qualidades.
Identifique seus pontos fortes e fracos. É importante para aprender a lidar com eles.
Acredite que pode modificar seu comportamento. Supere as fraquezas e potencialize as qualidades.
Faça seu melhor, mas sem exigir perfeição.
Estabeleça objetivos sem se comparar aos outros.
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